terça-feira, 26 de junho de 2018

Mal do Caroço já tem Possibilidades de Cura

Doença também é conhecida como Falsa Tuberculose

Pesquisas recentes apontam para a crescente preocupação dos criadores de ovinos, especialmente do nordeste brasileiro, quanto à incidência do “mal do caroço” ou “falsa tuberculose”. Também conhecida como Linfadenite Caseosa, a doença vem trazendo prejuízos aos produtores, muitas vezes por desconhecimento do problema e outras pelo pouco cuidado na hora de realizar o manejo dos animais. Estima-se, atualmente, que 30% do rebanho brasileiro esteja infectado.

A Linfadenite Caseosa é uma doença infectocontagiosa que acomete os ovinos e caracteriza-se, geralmente, pela hipertrofia dos gânglios linfáticos localizados por diversas partes do corpo do animal. A maior fonte de infecção é a secreção proveniente de abscessos cuja drenagem natural ocorre de nove a 40 dias após a ulceração. O conteúdo dos abscessos é rico em C. pseudotuberculosis podendo infectar diretamente outros animais ou ainda contaminar a água, o solo e os alimentos, expondo, indiretamente, outros animais. Embora este microrganismo seja capaz de prolongada sobrevivência em solo rico e úmido (cerca de oito meses) e em matéria orgânica, não há evidências de que ele possa se multiplicar o solo.

Ao penetrar no hospedeiro o microrganismo multiplica-se no tecido subcutâneo, formando micro abscessos. A corrente linfática se encarrega de produzir linfonodos onde os abscessos característicos serão formados. Estes abscessos constituem-se de pus denso de cor branca e amarelada, de consistência do tipo queijo coalho. Em lesões crônicas, este líquido torna-se mais seco e permanece contido em uma cápsula que aumenta lentamente, podendo medir de um a dois centímetros de diâmetro. A infecção generalizada pode apresentar abscessos nos pulmões, fígado, rins e, em menor escala, no baço, na medula e no sistema reprodutivo. No parecer da doutora em medicina veterinária preventiva, Josir Laine Veschi, o animal uma vez infectado vai permanecer portador durante toda a sua vida. “A erradicação deve ser considerada por ser uma zoonose de ocorrência rara e pela importância econômica e sanitária da enfermidade no rebanho”, destaca a médica. Ela informa ainda, que a prevalência da enfermidade está relacionada com a idade dos animais, já que a mortandade aumenta em animais mais velhos e criados no sistema intensivo, provavelmente pelo fato de que o risco de infecção aumenta com a passagem do tempo, mais do que a suscetibilidade dos animais mais velhos.

Contaminação e diagnóstico

Os riscos de contaminação de ovinos estão diretamente ligados às práticas de manejo como a tosquia, tatuagem, casqueamento, brincagem, castração, vermifugação oral, aplicação de medicamentos e/ou vacinas, ou o uso de agulhas e instrumentos contaminados que podem inadvertidamente provocar danos de pele ou mucosas e criar uma porta de entrada para a bactéria. Condições precárias de higiene aumentam o risco. Instrumentos, tatuadores, canivetes contaminados com pus de abscessos rompidos facilitam a transmissão da enfermidade.
Mas, a principal fonte de infecção é o conteúdo dos abscessos que rompidos contaminam o ambiente. A inalação de material infectante (pus de abscesso) pode desenvolver a doença nos pulmões ou pneumonia em ovinos. O diagnóstico clínico é realizado apalpando-se os linfonodos superficiais para verificar a existência de hipertrofia e supuração de abscessos. Cuidados especiais devem ser tomados, pois alguns sintomas podem confundir, tanto na forma superficial como na visceral. Mas em virtude das divergências nos resultados dos métodos descritos acima, o isolamento direto da C. pseudotuberculosis a partir do material purulento permanece como um dos procedimentos mais confiáveis para o diagnóstico.



Tratamento e controle

Testes demonstraram que a bactéria é sensível à penicilina, tetraciclina e cefalosporina. No entanto o uso destas drogas geralmente não é efetivo porque estes antibióticos possuem pouca habilidade de passar pela cápsula do abscesso e porque a bactéria possui localização intracelular. Portanto, não é recomendado o tratamento com antibióticos para esta doença. O tratamento convencional da Linfadenite Caseosa é feito pela drenagem cirúrgica e posterior cauterização química com tintura de iodo a 10%. Entretanto este tratamento visa diminuir a contaminação ambiental, não sendo suficiente para erradicar a enfermidade. A extirpação cirúrgica dos abscessos superficiais garante a cura de 90% dos animais submetidos ao procedimento, além de barrar a reincidência, de ser mais rápida e de menor custo operacional. O controle correto da enfermidade e medidas que visem a sua erradicação são de extrema importância para o rebanho.
Sendo assim, convém evitar a aquisição de animais com abscessos ou cicatrizes sugestivas da doença; inspecionar periodicamente todos os animais do rebanho; sempre que possível eliminar os animais com abscessos; drenar os abscessos antes que rompam e contaminem o ambiente.

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