quinta-feira, 27 de março de 2014

A estratégia de uma pecuarista para obter lucro

Não, este não é o caso de uma pessoa que obteve sucesso profissional no mercado financeiro e depois comprou fazenda e virou pecuarista. Trata-se de um negócio de produção na pecuária com o desafio de ser mais rentável do que uma aplicação no mercado financeiro. O boi precisa render mais que um CDB de um banco de primeira linha.
A família de Maria Stella Damha está envolvida com o confinamento de bovinos de corte desde 1998. Hoje, a capacidade estática é de 30 mil animais em cada ciclo de cerca de 90 dias. Podem abater até 60 mil bois por ano. Nas fazendas, não desenvolvem a pecuária tradicional de cria e recria, que demanda muito capital (terra e rebanho). A atividade consiste na compra de animais para engorda em confinamento e posterior abate.
O desafio do grupo empresarial tem, pelo menos, duas dimensões: operacional e financeira. No lado físico do negócio, é preciso comprar os garrotes, organizar a produção e otimizar a relação ganho de peso com custo de produção. E isso envolve gerenciar o tripé da eficiência técnica da pecuária: raça, alimentação e sanidade.
A dimensão financeira não recebe a atenção devida pela maioria dos produtores rurais brasileiros. Não é o caso do negócio tocado pela Maria Stella. Para ela, o confinamento deve ser visto como uma atividade de renda fixa. Ela procura fazer o hedge – travar os preços – onde for possível. Combina a compra de garrotes com a venda de contratos futuros de boi gordo na BM&FBovespa. Trava o custo de produção através do contrato de milho da Bolsa, ou seja, o milho representa a melhor aproximação do custo da ração.
A atividade demanda muito capital de giro para a compra de animais e o custeio do confinamento. O financiamento vem por meio da emissão de CPRs, a Cédula de Produto Rural. O custo financeiro não é pequeno.
Nessa equação, o preço de venda e o custo de produção estão fixados, “travados”. Assim, o confinamento precisa dar um retorno maior que a taxa de juro paga no financiamento via CPR. O rendimento de um CDB pode ser visto como o custo de oportunidade do capital. Por que fazer toda uma operação física complexa se o dinheiro pode render mais aplicado no banco?
No geral, a rentabilidade do negócio de confinamento será tanto maior quanto maior for a variação de preços entre a safra (maio) e a entressafra (outubro). No entanto, essa variação depende não apenas da sazonalidade da produção, mas também da fase do ciclo de preços da pecuária.
A Maria Stella trabalha unicamente com o confinamento. Depende de entender a dinâmica dos fenômenos de preços da pecuária. Para isso, ela tem uma mesa de operações atenta ao mercado físico e aos movimentos dos preços nos mercados futuros e de opções na Bolsa.
Independentemente do ciclo pecuário, o confinamento, o semi-confinamento ou operações assemelhadas são atividades que o pecuarista precisa levar em conta para elevar a produtividade do capital investido em terra e rebanho. E, com isso, obter uma rentabilidade compatível com as lavouras e outros investimentos de capital.
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